O Município de Santo Augusto, situado na parte noroeste da Região Celeiro, região das
Missões, é composto por uma aparente chapada, única e antiga, entre 400 a 540 metros de altitude,
em processo erosivo de dissecação muito branda.
Está embasado sobre rochas efusivas básicas, cada uma com espessura limitada em cortes
nas estradas que não atingem mais que 5 metros. Derrames, intermitentes e sucessivos de rochas de
natureza alcalina se supõem que tenham constituído, pela natureza fluída do magma, um platô que
evoluiu no tempo, sendo dissecado desde os períodos cretáceo, terciário e quaternário, em
sucessivos climas passados. Localmente o Planalto em dissecação, compõe as nascentes dos rios
Turvo, principalmente e Inhacorá, que drenam suas águas para o Rio Uruguai.
As nascentes se iniciam nas chapadas com cotas mais altas em torno de 540 metros, segundo
Estudo dos Solos do Município de Santo Augusto, realizado pela Embrapa Clima Temperado, em
2004.
Os solos foram antes denominados de Latossolo Roxo Distrófico por Costa Lemos, em
Brasil (1973) e IBGE (1986), estão sendo denominados hoje de Nitossolos Vermelhos Distroférricos
Latossólicos, ou simplesmente (Latossolo Vermelho Distroférrico Típico) segundo a Embrapa
(2004), na maior parte da área. Quanto ao uso agrícola, o sistema de classificação (capacidade de
uso das terras), que se propunha a uma ordenação do controle da degradação das terras, nessa
agricultura local desenvolvida, tem a finalidade apenas de caracterizar a alta potencialidade agrícola
local das terras situadas em chapadas e coxilhas (classe IIse - 45% e IIIse - 23,45%) próprias a
cultivos anuais. Os vales, com maiores reservas próprias de água, além de comportarem as moradias
dos agricultores, caracterizam terras que devem ser protegidas dos processos erosivos decorrentes
das inundações (Classes VIsed-12,11% e VIIsed (19,35%) próprias à agricultura familiar e
silvicultura. (Estudo de Solos do Município de Santo Augusto, realizado pela Embrapa Clima
Temperado, em 2004).12
No início da colonização do Município havia abundância em florestas e consequentemente
solos férteis que deram lugar a agricultura extrativista que não se preocupava com a conservação dos
recursos naturais, principalmente com a questão de conservação de solo.
No entanto, o aumento da população e a crescente demanda por alimentos provocaram a
abertura de novas fronteiras agrícolas, acelerando o processo de retirada dessa cobertura original.
O uso sistemático de práticas inadequadas, como o desmatamento indiscriminado, as
queimadas e a excessiva mobilização do solo, contribuíram parra degradação das terras do
Município.
O solo está parcialmente comprometido pela ação da erosão e as culturas respondem menos à
aplicação de corretivos e fertilizantes, isso leva alguns produtores a obterem baixas produtividades.
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